A palavra ciência vem do latim scire que significa conhecimento ou sabedoria. Faz parte da natureza humana buscar conhecimentos, ou seja, tentar explicar os fatos e fenómenos que acontecem no mundo. Tem sido assim desde o princípio, como mostram os primeiros registos da história da humanidade. Diz-se que uma pessoa tem conhecimento (ou está ciente) de algum aspecto da realidade quando detém alguma informação ou saber em relação a ele. Existem diferentes formas de abordar a realidade, portanto diferentes formas de conhecimento: o senso comum (voltado ao imediato), o filosófico, o teológico, o artístico, o científico. Cada um deles supõe modos ou caminhos de orientação do pensamento. Sem dúvida, pela importância que teve/tem para o desenvolvimento humano e social, o conhecimento científico é percebido como a forma mais adequada e elevada de entendimento do mundo real. O conhecimento científico tem determinadas características em relação às demais formas de conhecimento. Assim, pretende ser crítico, isto é, busca sempre julgar a correcção de suas próprias produções; procura as causas dos acontecimentos; aspira a ser aplicável em situações semelhantes; utiliza um método (caminho) para fazer avançar o conhecimento. As Ciências Sociais constituem um campo de conhecimento dedicado à investigação de factos e problemas que dizem respeito às relações e interacções humanas. Sendo assim, necessitam de métodos específicos que permitam abordar, analisar e interpretar a realidade humana, dinâmica e evolutiva por excelência. Inúmeros são os métodos científicos utilizados actualmente, e a determinação de qual deve ser adoptado numa investigação depende do objecto a ser estudado. O objectivo do presente Seminário é a discussão das vantagens e desvantagens da adopção dos principais métodos quantitativos e qualitativos, utilizados em investigações no campo das Ciências Sociais, com destaque para as Ciências da Informação.